
cersibon
apenas as pessoas chatas se chateiam
apenas as bandeiras erradas tremulam.
a pessoa que te diz que ela não é deus na verdade pensa o contrário.
deus é invenção do fracasso.
o único inferno é onde você está.
os anjos mijam de medo.
eu sou uma pessoa bela.
e você é.
e ela é.
como é o colossal amarelo do sol e a glória do mundo.
(…) somos uma geração de mulheres que saem demais de casa, para trabalhar ou para se divertir, e perde metade da vida indo ou vindo para não se sabe onde, fazendo fila para comprar, tomar condução ou assistir a um cinema. perdemos o abençoado tempo de perder tempo, de não fazer nada, a única hora em que a gente se sente viver. o mais é canseira e aflição de espírito.
os elefantes formam sociedade complexas e o filhote fica com a mãe por toda sua existência. isso porque quase tudo que os elefantes sabem, eles aprendem durante sua vida. fazendo deles menos instintivos que os outros animais.
lateja.
pensei que fosse acabar hoje.
letargia
disritmia,
não sei o que te disse
pensei que fosse acabar hoje.
imaginei coisas
você não acreditaria;
a dor não passa.
remédios são fracos
espero não ser.
ser brotinho não é viver em um píncaro azulado: é muito mais!
ser bortinho é rir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o rídiculo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.
ser brotinho é não usar pintura alguma ás vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestido tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. ser brotinho é lançar fogo pelos olhos.
é viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a comtemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. é passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida de lata e cortar o dedo.
ser bortinho é ainda possuir vitrola própria e perambular pelas ruas do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de elepês. é dizer a palavra feia precisamente no instante em que essa palavra se faz imprescindível e tão inteligente e natural. é também falar "legal" e "bárbaro" com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância.
ser brotinho é poder usar óculos como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. é esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. é aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga.
(...) é telefonar muito estendida no chão. é querer ser rapaz de vez em quando só para vaguear sozinha de madrugada pelas ruas da cidade. achar muito bonito um homem muito feio. é fumar quase um maço de cigarros na sacada do apartamento pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas.
(...) é falar inglês sem saber verbos irregulares. é ter comprado na feira um vestidinho gozado e bacanérrimo.
é ainda ser brotinho (...) ir sempre ao cinema mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. é ter uma vez bebido dois gins, quatro uísques, cinco taças de champanha e uma de cinzano sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só um cálice de vinho do porto e ter dado um vexame modelo grande.
ser brotinho é atravessar de ponta a ponta o salão da festa com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausente. (...) amanhecer chorando, anoitecer dançando. é manter o ritmo na melodia dissonante. usar o mais caro perfume de blusa grossa e blue-jeans. (...) permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um violinista estrangeiro de quinta ordem.
eventualmente, ser brotinho é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. é fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. (...) é policiar parentes, amigos, mestres e mestras com um ar songamonga de quem nada vê, nada ouve, nada fala.
ser brotinho é adorar. adorar o impossível.
ser brotinho é detestar. detestar o possível.
é acordar meio-dia, com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de pijamas telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um sanduíche americano na esquina.
high on diesel and gasoline, psycho for drum machine
shaking their bits to the hits.
drag acts, drug acts, suicides, in your dad's suits you hide
staining his name again.
cracked up, stacked up, 22, psycho for sex and glue
lost it to bostik, yeah.
shaved heads, rave heads, on the pill, got too much time to kill
get into bands and gangs.
oh, here they come,
the beautiful ones.
nós nascemos nessa triste linha de morte
la estará aberto e impunível assassinato nas ruas
serão armas e multidões passageiras
a terra será inútil
a comida terá um retorno mínimo
o poder nuclear será tomado por muitos
as explosões continuarão balançando o mundo
homens radioativos comerão
a carne dos homens radioativos
os corpos apodrecidos dos homens e dos animais
vão feder no vento da escuridão
e lá
estará um bonito silêncio nunca ouvido
nascido fora disso
o sol escondido estará
à espera do próximo capítulo.
amanda nasceu dia 29 de fevereiro e queria ser vendedora de tupperware quando crescesse, até perceber que se pode guardar feijão em potes de sorvete. apesar de torcer pro birigui, adora se vestir de azul-petróleo. acredita que a melhor invenção do homem são os emoticons de msn, adora cheirar coleções de papel-de-carta, ver vídeos de anões lutando no gel e escutar tocadores de flautas peruanas. tem como hobby destruir sonhos alheios e só entrou na agência pra sustentar seu vicio: adesivos do AMAR É...
frase favorita: "TÁ TODO MUNDO ENVORVIDO"
- Autor anônimo do bar Raio Laser
nunca mais vou falar de casinhos de galinhas, coraçõezinhos miúdos e torrados no fogo de uma febre passional. fornos elétrico do meu magnético século vinte e um. mil e uma noites de mentira ególatra, babe. tudo isso por cazuza logo cedo, acompanha martini e uma salada de fruta.
virei mesmo essa exclamação tardia e cansada, não quero discutir, nem responder emails, nem explicar o porquê das coisas que eu nem mesma sei.
mas tento fugir porque preciso de paz. preciso pensar e idealizar meu próximo tombo. arquitetar as aventuras e cirandas que pretendo rodar nos próximos números cronologicamente corretos.
ela é do texas e pesa
47 quilos
e pára em frente ao
espelho penteando oceanos
de cabelos ruivos
que descem ao longo de todas
suas costas até a bunda.
o cabelo é mágico e lança
faíscas quando eu me deito na cama
e a vejo penteá-los.
ela parece uma criatura
saída de um filme mas está
aqui de fato. fazemos amor
pelo menos uma vez por dia e
ela consegue me fazer rir
sempre que deseja.
as mulheres do texas são sempre
saudáveis, e além disso ela
limpa meu refrigerador, minha pia,
o banheiro, e faz comida e
me serve alimentos saudáveis
e lava pratos
também.
"hank", ela me disse,
seguranto uma lata de suco de
uva, "este é o melhor de
todos".
dizia na lata: suco natural de uva
ROSA do texas.
ela se parece com a katherine hepburn
na época
do ensino médio, e vejo esses
47 quilos
penteando um metro
de cabelo ruivo
diante do espelho
e a sinto dentro de meus
pulsos e no fundo dos meus olhos,
e os dedos e as pernas e a barriga
a sentem, assim como
aquela outra parte,
e toda los angeles se desfaz
e chora de contentamento,
as paredes das alcovas tremem -
o oceano invade tudo e ela se vira
e me diz, "maldito cabelo!"
e eu digo,
"sim".
hank hates you all.
a few things i've learned on my travels through this crazy little thing called life.
one, a morning of awkwardness is better than a night of loneliness.
two, i probably won't go down in history, but i will go down on your sister.
and 3, while i'm down there it might be nice to see a hint of pubis. i'm not talking about a huge 70's playboy bush or anything. just something that reminds me that i'm performing cunnilingus on an adult.
but i guess the larger question is why is the city of angels so hell bent on destroying it's female population.