cersibon
25 de dez. de 2009
11 de dez. de 2009
hino da tormenta.
apenas as pessoas chatas se chateiam
apenas as bandeiras erradas tremulam.
a pessoa que te diz que ela não é deus na verdade pensa o contrário.
deus é invenção do fracasso.
o único inferno é onde você está.
os anjos mijam de medo.
eu sou uma pessoa bela.
e você é.
e ela é.
como é o colossal amarelo do sol e a glória do mundo.
(charles bukowski)
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gente.
(…) somos uma geração de mulheres que saem demais de casa, para trabalhar ou para se divertir, e perde metade da vida indo ou vindo para não se sabe onde, fazendo fila para comprar, tomar condução ou assistir a um cinema. perdemos o abençoado tempo de perder tempo, de não fazer nada, a única hora em que a gente se sente viver. o mais é canseira e aflição de espírito.
(elsie lessa)
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23 de nov. de 2009
humanos.
os elefantes formam sociedade complexas e o filhote fica com a mãe por toda sua existência. isso porque quase tudo que os elefantes sabem, eles aprendem durante sua vida. fazendo deles menos instintivos que os outros animais.
10 de nov. de 2009
lateja.
pensei que fosse acabar hoje.
letargia
disritmia,
não sei o que te disse
pensei que fosse acabar hoje.
imaginei coisas
você não acreditaria;
a dor não passa.
remédios são fracos
espero não ser.
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30 de out. de 2009
27 de out. de 2009
da lista de coisas deleitáveis.
balanço de rede; coleção de gibi da mônica; revista coquetel; caderno novo; caneta nova; sorvete de café; lápis-de-cor; lasanha quatro queijo; o primeiro gole de chopp; água gelada às 2 da manhã; o primeiro cigarro do dia; o último cigarro do dia; café colonial; banho frio em dia quente; banho quente em dia frio; brisa de uma manhã de primavera; sol numa manhã de inverno; campos de flores; campos de trigo; desentupir o nariz; dormir levemente embriagada; porção de tilápia com molho rosé; farofa de frango assado de açougue; refrigerante de framboesa; rolinho primavera; quarto de hotel com ar condicionado; lençol limpo; sashimi de salmão; bolo de capuccino; beijo no pescoço; luvas; banho de mar durante a noite; acordar ao som de passarinhos; cantarolar modern lovers num momento de leve melancolia; tirar o sapato depois de andar o dia todo; andar descalça na grama; viajar de carro; cantar enquanto cozinha, limpa, lava, passa; perder peso; ganhar dvd de presente; ganhar livros de presente; achar dinheiro; ganhar dinheiro; gastar dinheiro; torta de limão; tulipas; adega de vinho; ver uma foto em que a gente esta mais bonita do que o real; resolver problemas de raciocínio lógico; montanha-russa; faca amolada; cheiro de pão caseiro; abraçar; ser abraçada; roupa nova; roupa velha; descobrir que aprendeu a passar delineador; deitar no sofá no meio da tarde; receber sms de amigos; filhotes; tofu com shoyu e gengibre; sopa de feijão; gente extrovertida; gente inteligente sem ser pedante; cheiro de chuva; fisgar um peixe; pão-de-alho; acertar no tiro ao alvo; suco de maracujá; bolo de fubá com goiabada; passar de carro pela ponte de um rio; ajudar alguém no ônibus; rir sozinha de alguma lembrança da infância; tempestade de raio; motorista de táxi gentil; cinzeiro vazio; decolagem de avião; descobrir um restaurante ótimo; creme para mãos; pintar as unhas; carro da pamonha; queimar papel inútil; piada realmente engraçada; algodão-doce; cantar e dançar sua canção favorita na boate; episódio inédito dos simpsons; pessoa que imita os outros de uma forma hilária; espetinho de gato; cochilar; elevador vazio, sem câmera e com espelho; banheira; cheiro de giz-de-cera; feriado na segunda-feira; massa de modelar; andar de carro sem rumo; cornetto; cachorro dócil; festa de são cosme & damião na bahia (com caruru, vatapá, arroz, frango e rapadura); dormir de conchinha; pizza com borda de cheddar; tirar fotos bonitas sem querer; gente idosa lúcida e lépida; cemitérios japoneses; lojas de departamento que deixam testar maquiagem; miniaturas; pessoas bonitas e humildes; ganhar alguma promoção; album novo cheio de fotos de alguém que a gente stalkeia; chá gelado; queijo gorgonzola com tomate seco; cerveja artesanal; passar dentro de túnel; viajar de trem; andar de bicicleta bem de manhanzinha; guitar-hero; mario bros; crash bandicoot; cebola frita; mesa de bar com amigos; molho barbecue; descascar mandioca; bolhas de sabão; camarão; declarações de amor ou amizade; descobrir que aquela dor não era nada; apagar com remédio pra dormir; preguiça no dia seguinte a uma noite de rock; cd novo da sua banda favorita; ser a primeira a escolher o bombom após alguém abrir uma caixa...
e mais 9.462 coisas prazerosas que não quero lembrar, pois uma hora terei que parar de escrever.
e mais 9.462 coisas prazerosas que não quero lembrar, pois uma hora terei que parar de escrever.
(post inspirado no texto "coisas abomináveis", de paulo mendes campos.)
21 de out. de 2009
ser brotinho.
ser brotinho não é viver em um píncaro azulado: é muito mais!
ser bortinho é rir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o rídiculo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.
ser brotinho é não usar pintura alguma ás vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestido tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. ser brotinho é lançar fogo pelos olhos.
é viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a comtemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. é passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida de lata e cortar o dedo.
ser bortinho é ainda possuir vitrola própria e perambular pelas ruas do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de elepês. é dizer a palavra feia precisamente no instante em que essa palavra se faz imprescindível e tão inteligente e natural. é também falar "legal" e "bárbaro" com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância.
ser brotinho é poder usar óculos como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. é esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. é aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga.
(...) é telefonar muito estendida no chão. é querer ser rapaz de vez em quando só para vaguear sozinha de madrugada pelas ruas da cidade. achar muito bonito um homem muito feio. é fumar quase um maço de cigarros na sacada do apartamento pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas.
(...) é falar inglês sem saber verbos irregulares. é ter comprado na feira um vestidinho gozado e bacanérrimo.
é ainda ser brotinho (...) ir sempre ao cinema mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. é ter uma vez bebido dois gins, quatro uísques, cinco taças de champanha e uma de cinzano sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só um cálice de vinho do porto e ter dado um vexame modelo grande.
ser brotinho é atravessar de ponta a ponta o salão da festa com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausente. (...) amanhecer chorando, anoitecer dançando. é manter o ritmo na melodia dissonante. usar o mais caro perfume de blusa grossa e blue-jeans. (...) permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um violinista estrangeiro de quinta ordem.
eventualmente, ser brotinho é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. é fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. (...) é policiar parentes, amigos, mestres e mestras com um ar songamonga de quem nada vê, nada ouve, nada fala.
ser brotinho é adorar. adorar o impossível.
ser brotinho é detestar. detestar o possível.
é acordar meio-dia, com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de pijamas telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um sanduíche americano na esquina.
(paulo mendes campos)
o texto acima foi tirado do livro "cem melhores crônicas brasileiras". foi escrita no início dos anos 50.
como pode-se ver, pouquíssima coisa mudou até hoje.
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16 de out. de 2009
perdido no computador.
em abril.
quando minha carreira de guitar-hero estava no auge.
(e a minha calça de moleton preferida ainda não tinha rasgado de tanto uso e ido pro lixo.)
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pics
27 de ago. de 2009
the beautiful ones.
high on diesel and gasoline, psycho for drum machine
shaking their bits to the hits.
drag acts, drug acts, suicides, in your dad's suits you hide
staining his name again.
cracked up, stacked up, 22, psycho for sex and glue
lost it to bostik, yeah.
shaved heads, rave heads, on the pill, got too much time to kill
get into bands and gangs.
oh, here they come,
the beautiful ones.
(suede)
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9 de jul. de 2009
born like this - into this I.
nós nascemos nessa triste linha de morte
la estará aberto e impunível assassinato nas ruas
serão armas e multidões passageiras
a terra será inútil
a comida terá um retorno mínimo
o poder nuclear será tomado por muitos
as explosões continuarão balançando o mundo
homens radioativos comerão
a carne dos homens radioativos
os corpos apodrecidos dos homens e dos animais
vão feder no vento da escuridão
e lá
estará um bonito silêncio nunca ouvido
nascido fora disso
o sol escondido estará
à espera do próximo capítulo.
(charles bukowski)
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30 de jun. de 2009
autoflagelo.
eu leio carta, livros e resumos. leio bulas, manuais e instruções. leio recados, outdoors e pixações. leio os classificados, a coluna social e os quadrinhos.
eu ouço a radio, os cds-velho-quase-esquecidos. ouço as listas de reproduções e as canções que fazem saltar lágrimas. ouço as novas obsessões. e as velhas.
eu corto as unhas. faço as unhas. lixo os pés. depilo as pernas.
arranco uma gilete do fundo do baú, corto o cabelo, e depois choro de arrependimento.
eu fotografo. eu filmo. eu edito. eu deleto.
eu penso em como seria a vida sem voce.
mas não há.
eu respiro fundo. eu conto até mil. eu sorrio, repito mantras, viro a cabeça.
eu sorrio novamente, converso com estranhos, naquela falsa simpatia da qual sou profissional.
eu penso nos problemas. penso no dia de amanhã, na semana que vem, nos meses que virão.
eu ligo o ipod. eu me irrito com minha fase hardcore-rodinhas-de-pogo. mas continuo a cantar dead fish bem baixinho. e pensando em fazer a camiseta com a frase de terceiro mundo.
eu minto.
eu me distraio.
eu fumo cigarros enquando o feijão esta no fogo.
eu me provoco, arranco casca de feridas, vou no ponto da minha fragilidade, porque eu sei onde dói.
eu sangro sozinha.
eu caminho sozinha.
sozinha.
eu caio. nocauteada por si mesma.
e me ergo.
orgulhosa.
feroz.
violenta.
eu ouço a radio, os cds-velho-quase-esquecidos. ouço as listas de reproduções e as canções que fazem saltar lágrimas. ouço as novas obsessões. e as velhas.
eu corto as unhas. faço as unhas. lixo os pés. depilo as pernas.
arranco uma gilete do fundo do baú, corto o cabelo, e depois choro de arrependimento.
eu fotografo. eu filmo. eu edito. eu deleto.
eu penso em como seria a vida sem voce.
mas não há.
eu respiro fundo. eu conto até mil. eu sorrio, repito mantras, viro a cabeça.
eu sorrio novamente, converso com estranhos, naquela falsa simpatia da qual sou profissional.
eu penso nos problemas. penso no dia de amanhã, na semana que vem, nos meses que virão.
eu ligo o ipod. eu me irrito com minha fase hardcore-rodinhas-de-pogo. mas continuo a cantar dead fish bem baixinho. e pensando em fazer a camiseta com a frase de terceiro mundo.
eu minto.
eu me distraio.
eu fumo cigarros enquando o feijão esta no fogo.
eu me provoco, arranco casca de feridas, vou no ponto da minha fragilidade, porque eu sei onde dói.
eu sangro sozinha.
eu caminho sozinha.
sozinha.
eu caio. nocauteada por si mesma.
e me ergo.
orgulhosa.
feroz.
violenta.
24 de jun. de 2009
ela vai mudar,
vai gostar de coisas que ele nunca imaginou.
vai ficar feliz de ver que ele também mudou, e pelo jeito não descarta uma nova paixão.
mas espera que ele ligue a qualquer hora para conversar. nunca é muito tarde pra ligar.
ele pensa nela, ela tem saudades.
mesmo sem ter esquecido que é sempre amor, mesmo que acabe.
com ela aonde quer que esteja, é sempre amor, mesmo que mude.
é sempre amor mesmo que alguém esqueça o que passou.
vai ficar feliz de ver que ele também mudou, e pelo jeito não descarta uma nova paixão.
mas espera que ele ligue a qualquer hora para conversar. nunca é muito tarde pra ligar.
ele pensa nela, ela tem saudades.
mesmo sem ter esquecido que é sempre amor, mesmo que acabe.
com ela aonde quer que esteja, é sempre amor, mesmo que mude.
é sempre amor mesmo que alguém esqueça o que passou.
(a música aqui)
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som
9 de jun. de 2009
de mim, para mim mesma.
quando eu cai, e beijei o chão, vi em seus olhos algum brilho de prazer. rastejei por algum tempo. entenda, isso foi muito bom pra mim.
pude encarar minhas verdades de frente, pude ver o quanto posso errar, falhar e ver que pode ser muito natural.
você é covarde demais pra entender o quanto é intenso.
agora todos os extremos e insistir que o erro é dos outros.
você devia vagar sozinho por aí e pela escuridão. e perceber, realmente ver que existir é muito mais.
ainda me sinto tão cansado... mas sei, sou muito mais forte.
já sei o que é estar só.
estou pronto pra me levantar, e caminhar em sua direção.
você é covarde demais pra entender o quanto é intenso.
sei o que é o fel e o mel. ao contrario do que pensa você.
sim, você ainda pode me vencer. mas você sabe que não vou desistir.
já provei do sangue em minha face.
a dor, já faz parte do total.
o tempo já não me importa mais.
pois ainda estou aqui.
eu ainda estou aqui.
aceite, estou aqui.
pude encarar minhas verdades de frente, pude ver o quanto posso errar, falhar e ver que pode ser muito natural.
você é covarde demais pra entender o quanto é intenso.
agora todos os extremos e insistir que o erro é dos outros.
você devia vagar sozinho por aí e pela escuridão. e perceber, realmente ver que existir é muito mais.
ainda me sinto tão cansado... mas sei, sou muito mais forte.
já sei o que é estar só.
estou pronto pra me levantar, e caminhar em sua direção.
você é covarde demais pra entender o quanto é intenso.
sei o que é o fel e o mel. ao contrario do que pensa você.
sim, você ainda pode me vencer. mas você sabe que não vou desistir.
já provei do sangue em minha face.
a dor, já faz parte do total.
o tempo já não me importa mais.
pois ainda estou aqui.
eu ainda estou aqui.
aceite, estou aqui.
(a música aqui.)
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som
1 de jun. de 2009
era só isso que eu queria da vida...
uma cerveja, uma ilusão atrevida que me dissesse uma verdade chinesa. com uma intenção de um beijo doce na boca.
a tarde cai, noite levanta a magia. quem sabe a gente vai se ver outro dia, quem sabe o sonho vai ficar na conversa, quem sabe até a vida pague essa promessa.
muita coisa a gente faz, seguindo o caminho que o mundo traçou.
seguindo a cartilha que alguém ensinou.
seguindo a receita da vida normal.
mas o que é vida afinal?
será que é fazer o que o mestre mandou?
é comer o pão que o diabo amassou?
perdendo da vida o que tem de melhor...
a tarde cai, noite levanta a magia. quem sabe a gente vai se ver outro dia, quem sabe o sonho vai ficar na conversa, quem sabe até a vida pague essa promessa.
muita coisa a gente faz, seguindo o caminho que o mundo traçou.
seguindo a cartilha que alguém ensinou.
seguindo a receita da vida normal.
mas o que é vida afinal?
será que é fazer o que o mestre mandou?
é comer o pão que o diabo amassou?
perdendo da vida o que tem de melhor...
29 de mai. de 2009
curitiba te amo lá fora.
os meus melhores momentos de turista são aqueles em que eu fico de molho no sofá da casa do anfitrião, lendo os livros do pai dele, ou fico tomando chá no meio da madrugada tendo conversas produtivas, ou almoçando em família num sábado, ou empestiando a cozinha com gordura fritando tempurás e onion rings em horários impróprios, ou cantando e rodando na sala ao som de músicas japonesas.
os melhores momentos são as balinhas de goma em silêncio no shopping, e depois rir dos emos. a padaria de chão escorregadio. o tombo dentro do ônibus. os tropeços.
as caronas na noite fria ao som de spice girls, e ninguem mandando eu descer do carro quando dizia incansavelmente que "musica animada é da madonna, gente!".
e aqueles flashes que não me sairão da mente jamais, tipo a hora em que tocou lambada e todo mundo desceu do carro para dançar e ... EPA! tem gente no parque.
tipo o cigarrinho cheio de cumplicidade e confissões aos pés do museu, tremendo de frio.
o melhor souvenir é o esqueminha de ônibus para voltar pra casa, e a foto tirada no caminho da placa "hoje tem maísa".
ir a curitiba andava me tirando o sono.
preciso aprender a ser mais relaxada, mas esses três dias passaram como se não fosse nada, e foi tudo tranquilo até demais.
cé, obrigada pelo colchão de ar e o edredon amarelo. pela hospitalidade impagável e pelas risadas. pelos chás e conversas, por acordar cedo sem necessidade. por me acompanhar no número 10 e nas 3 copadas de chá gelado no burguer king.
rafa, obrigada pela companhia, pelos passeios e pela disposição.
remom, obrigada pelas caronas, pelas playlists, pela dica do pão de queijo com queijo e pela nova amizade.
elô, meu xuxu, obrigada por dividir a dor de errar questões ridiculas, a discussão pós-concurso, o sono no ônibus e os doritossweet-pepper sweet-chili.
unforgettable.
os melhores momentos são as balinhas de goma em silêncio no shopping, e depois rir dos emos. a padaria de chão escorregadio. o tombo dentro do ônibus. os tropeços.
as caronas na noite fria ao som de spice girls, e ninguem mandando eu descer do carro quando dizia incansavelmente que "musica animada é da madonna, gente!".
e aqueles flashes que não me sairão da mente jamais, tipo a hora em que tocou lambada e todo mundo desceu do carro para dançar e ... EPA! tem gente no parque.
tipo o cigarrinho cheio de cumplicidade e confissões aos pés do museu, tremendo de frio.
o melhor souvenir é o esqueminha de ônibus para voltar pra casa, e a foto tirada no caminho da placa "hoje tem maísa".
ir a curitiba andava me tirando o sono.
preciso aprender a ser mais relaxada, mas esses três dias passaram como se não fosse nada, e foi tudo tranquilo até demais.
cé, obrigada pelo colchão de ar e o edredon amarelo. pela hospitalidade impagável e pelas risadas. pelos chás e conversas, por acordar cedo sem necessidade. por me acompanhar no número 10 e nas 3 copadas de chá gelado no burguer king.
rafa, obrigada pela companhia, pelos passeios e pela disposição.
remom, obrigada pelas caronas, pelas playlists, pela dica do pão de queijo com queijo e pela nova amizade.
elô, meu xuxu, obrigada por dividir a dor de errar questões ridiculas, a discussão pós-concurso, o sono no ônibus e os doritos
unforgettable.
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dear diary
5 de mai. de 2009
24 de abr. de 2009
o melhor depoimento de todos os tempos.
amanda nasceu dia 29 de fevereiro e queria ser vendedora de tupperware quando crescesse, até perceber que se pode guardar feijão em potes de sorvete. apesar de torcer pro birigui, adora se vestir de azul-petróleo. acredita que a melhor invenção do homem são os emoticons de msn, adora cheirar coleções de papel-de-carta, ver vídeos de anões lutando no gel e escutar tocadores de flautas peruanas. tem como hobby destruir sonhos alheios e só entrou na agência pra sustentar seu vicio: adesivos do AMAR É...
frase favorita: "TÁ TODO MUNDO ENVORVIDO"
- Autor anônimo do bar Raio Laser
11 de abr. de 2009
nicotine coma.
quando tudo é desfoque.
e nada parece passageiro.
quando você se da conta de que esta miserável, fraco, cego e nu.
e não vê a hora de acordar.
quando as cores se confundem.
e os sentimentos também.
quando nada além da realidade se trava na sua frente.
e percebe que o real jamais foi visto.
ela chega.
e derruba toda a aura-problema.
e mostra que nada está perdido.
que há esperança.
que há beleza.
que há paixão.
ela vem, encanta, e diz com a voz chorosa que esta doente, e precisa de sorine.
escova os dentes segurando toalha de assoar nariz.
te abraça. e diz que vai dormir.
a melhor coisa da minha vida, tem 6 anos, vive cor-de-rosa e diz que quer ser como eu quando crescer.
luana, meu amor, não acorde. não se suje. não espere. não se perca.
você é a coisa mais pura, genuína, doce e concreta que eu tenho.
todo o resto é imperfeito.
e nada parece passageiro.
quando você se da conta de que esta miserável, fraco, cego e nu.
e não vê a hora de acordar.
quando as cores se confundem.
e os sentimentos também.
quando nada além da realidade se trava na sua frente.
e percebe que o real jamais foi visto.
ela chega.
e derruba toda a aura-problema.
e mostra que nada está perdido.
que há esperança.
que há beleza.
que há paixão.
ela vem, encanta, e diz com a voz chorosa que esta doente, e precisa de sorine.
escova os dentes segurando toalha de assoar nariz.
te abraça. e diz que vai dormir.
a melhor coisa da minha vida, tem 6 anos, vive cor-de-rosa e diz que quer ser como eu quando crescer.
luana, meu amor, não acorde. não se suje. não espere. não se perca.
você é a coisa mais pura, genuína, doce e concreta que eu tenho.
todo o resto é imperfeito.
25 de mar. de 2009
o mesmo.
o calor, a falta de interesse e ânimo e a preguiça.
todos juntos.
fomos na lanchonete mais duvidosa, mas era perto. e barato.
x-salada duvidoso mais uma tubaína duvidosa. por duvidosos R$ 2,50.
sentamos nas cadeiras de madeira e desconfotáveis, nas mesas altas demais pra comer.
de frente a uma televisão tão velha quanto eu.
que mal tinha imagem. mas havia som, e pra quem quer comer ali, sem pensar na procedência da comida ou do que eram as manchas no avental da garçonete, era o suficiente.
passava o programa local preferido de todo mundo.
e falavam do rapaz "cheio de alegria" e "de bem com a vida", que acidentalmente apertou o botão do elevador, e acidentalmente a porta se abriu e ele ignorou aquele recado medonho na porta do elevador, e não teve a certeza de que o mesmo se encontrava parado no andar.
entrou.
e caiu.
e morreu.
e a colega comentou que a empresa do elevador iria se ferrar.
e eu comentei de que aquela lanchonete parecia de beira de estrada.
os velhos comiam lentamente seus PFs, que na verdade vinham em bandeijões.
mulheres de roupas baratas e de mal gosto comiam pão com queijo e margarina.
estudantes de mochilas pintadas de errorex se sacudiam pra comer coxinhas.
mas todos se arrastavem esperando o tempo e a vida passar.
ao sair, quis ver um pé de serra, e uma rodovia, e um acostamento, e um nome santo na fachada da lanchonete.
mas na verdade, só vi a avenida brasil e seu barulho e sua sujeira e os cartazes do maringá liquida.
todos juntos.
fomos na lanchonete mais duvidosa, mas era perto. e barato.
x-salada duvidoso mais uma tubaína duvidosa. por duvidosos R$ 2,50.
sentamos nas cadeiras de madeira e desconfotáveis, nas mesas altas demais pra comer.
de frente a uma televisão tão velha quanto eu.
que mal tinha imagem. mas havia som, e pra quem quer comer ali, sem pensar na procedência da comida ou do que eram as manchas no avental da garçonete, era o suficiente.
passava o programa local preferido de todo mundo.
e falavam do rapaz "cheio de alegria" e "de bem com a vida", que acidentalmente apertou o botão do elevador, e acidentalmente a porta se abriu e ele ignorou aquele recado medonho na porta do elevador, e não teve a certeza de que o mesmo se encontrava parado no andar.
entrou.
e caiu.
e morreu.
e a colega comentou que a empresa do elevador iria se ferrar.
e eu comentei de que aquela lanchonete parecia de beira de estrada.
os velhos comiam lentamente seus PFs, que na verdade vinham em bandeijões.
mulheres de roupas baratas e de mal gosto comiam pão com queijo e margarina.
estudantes de mochilas pintadas de errorex se sacudiam pra comer coxinhas.
mas todos se arrastavem esperando o tempo e a vida passar.
ao sair, quis ver um pé de serra, e uma rodovia, e um acostamento, e um nome santo na fachada da lanchonete.
mas na verdade, só vi a avenida brasil e seu barulho e sua sujeira e os cartazes do maringá liquida.
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dear diary
21 de mar. de 2009
ei, você que já esteve no céu...
foi tudo divertido prá você? chegou a hora então de provar tudo que existe.
tire agora os sapatos, jogue tudo pro alto.
sinta o chão...
e aprenda a andar descalço num mundo de asfalto.
e sem coração.
tire agora os sapatos, jogue tudo pro alto.
sinta o chão...
e aprenda a andar descalço num mundo de asfalto.
e sem coração.
28 de fev. de 2009
absurdos me fariam feliz.
despir a consciência das dores morais
jogar uma vaca do décimo andar
viajar sob a lua que varre os sertões
uma ostra chilena, um beijo em paris
se cortasse o cabelo e mudasse o nariz
se vital escrevesse a constituição
se eu nunca quisesse quem nunca me quis
ser dois e ser dez e ainda ser um
se a vingança apagasse a dor que eu senti
ser seco, ser reto, isento à moral
se eu nunca lembrasse o estrago que eu fiz
tudo isso me faria feliz
20 de fev. de 2009
das conversas confortantes.
ana g. diz:
é.
ah, não somos feitas pra essa felicidade plástica, né?
é.
ah, não somos feitas pra essa felicidade plástica, né?
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msn
6 de fev. de 2009
sem título.
nunca mais vou falar de casinhos de galinhas, coraçõezinhos miúdos e torrados no fogo de uma febre passional. fornos elétrico do meu magnético século vinte e um. mil e uma noites de mentira ególatra, babe. tudo isso por cazuza logo cedo, acompanha martini e uma salada de fruta.
virei mesmo essa exclamação tardia e cansada, não quero discutir, nem responder emails, nem explicar o porquê das coisas que eu nem mesma sei.
mas tento fugir porque preciso de paz. preciso pensar e idealizar meu próximo tombo. arquitetar as aventuras e cirandas que pretendo rodar nos próximos números cronologicamente corretos.
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quote
21 de jan. de 2009
texana.
hahahahah
ela é do texas e pesa
47 quilos
e pára em frente ao
espelho penteando oceanos
de cabelos ruivos
que descem ao longo de todas
suas costas até a bunda.
o cabelo é mágico e lança
faíscas quando eu me deito na cama
e a vejo penteá-los.
ela parece uma criatura
saída de um filme mas está
aqui de fato. fazemos amor
pelo menos uma vez por dia e
ela consegue me fazer rir
sempre que deseja.
as mulheres do texas são sempre
saudáveis, e além disso ela
limpa meu refrigerador, minha pia,
o banheiro, e faz comida e
me serve alimentos saudáveis
e lava pratos
também.
"hank", ela me disse,
seguranto uma lata de suco de
uva, "este é o melhor de
todos".
dizia na lata: suco natural de uva
ROSA do texas.
ela se parece com a katherine hepburn
na época
do ensino médio, e vejo esses
47 quilos
penteando um metro
de cabelo ruivo
diante do espelho
e a sinto dentro de meus
pulsos e no fundo dos meus olhos,
e os dedos e as pernas e a barriga
a sentem, assim como
aquela outra parte,
e toda los angeles se desfaz
e chora de contentamento,
as paredes das alcovas tremem -
o oceano invade tudo e ela se vira
e me diz, "maldito cabelo!"
e eu digo,
"sim".
(charles bukowski)
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17 de jan. de 2009
você é feio, e sua mãe te veste engraçado.
hank hates you all.
a few things i've learned on my travels through this crazy little thing called life.
one, a morning of awkwardness is better than a night of loneliness.
two, i probably won't go down in history, but i will go down on your sister.
and 3, while i'm down there it might be nice to see a hint of pubis. i'm not talking about a huge 70's playboy bush or anything. just something that reminds me that i'm performing cunnilingus on an adult.
but i guess the larger question is why is the city of angels so hell bent on destroying it's female population.
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