30 de jun. de 2009

autoflagelo.

eu leio carta, livros e resumos. leio bulas, manuais e instruções. leio recados, outdoors e pixações. leio os classificados, a coluna social e os quadrinhos.
eu ouço a radio, os cds-velho-quase-esquecidos. ouço as listas de reproduções e as canções que fazem saltar lágrimas. ouço as novas obsessões. e as velhas.
eu corto as unhas. faço as unhas. lixo os pés. depilo as pernas.
arranco uma gilete do fundo do baú, corto o cabelo, e depois choro de arrependimento.
eu fotografo. eu filmo. eu edito. eu deleto.
eu penso em como seria a vida sem voce.
mas não há.

eu respiro fundo. eu conto até mil. eu sorrio, repito mantras, viro a cabeça.
eu sorrio novamente, converso com estranhos, naquela falsa simpatia da qual sou profissional.
eu penso nos problemas. penso no dia de amanhã, na semana que vem, nos meses que virão.
eu ligo o ipod. eu me irrito com minha fase hardcore-rodinhas-de-pogo. mas continuo a cantar dead fish bem baixinho. e pensando em fazer a camiseta com a frase de terceiro mundo.

eu minto.
eu me distraio.
eu fumo cigarros enquando o feijão esta no fogo.

eu me provoco, arranco casca de feridas, vou no ponto da minha fragilidade, porque eu sei onde dói.
eu sangro sozinha.

eu caminho sozinha.
sozinha.
eu caio. nocauteada por si mesma.


e me ergo.
orgulhosa.
feroz.
violenta.

24 de jun. de 2009

ela vai mudar,

vai gostar de coisas que ele nunca imaginou.
vai ficar feliz de ver que ele também mudou, e pelo jeito não descarta uma nova paixão.
mas espera que ele ligue a qualquer hora para conversar. nunca é muito tarde pra ligar.
ele pensa nela, ela tem saudades.
mesmo sem ter esquecido que é sempre amor, mesmo que acabe.
com ela aonde quer que esteja, é sempre amor, mesmo que mude.

é sempre amor mesmo que alguém esqueça o que passou.


(a música aqui)

9 de jun. de 2009

de mim, para mim mesma.

quando eu cai, e beijei o chão, vi em seus olhos algum brilho de prazer. rastejei por algum tempo. entenda, isso foi muito bom pra mim.
pude encarar minhas verdades de frente, pude ver o quanto posso errar, falhar e ver que pode ser muito natural.

você é covarde demais pra entender o quanto é intenso.
agora todos os extremos e insistir que o erro é dos outros.

você devia vagar sozinho por aí e pela escuridão. e perceber, realmente ver que existir é muito mais.
ainda me sinto tão cansado... mas sei, sou muito mais forte.
já sei o que é estar só.
estou pronto pra me levantar, e caminhar em sua direção.

você é covarde demais pra entender o quanto é intenso.
sei o que é o fel e o mel. ao contrario do que pensa você.

sim, você ainda pode me vencer. mas você sabe que não vou desistir.
já provei do sangue em minha face.
a dor, já faz parte do total.


o tempo já não me importa mais.
pois ainda estou aqui.
eu ainda estou aqui.

aceite, estou aqui.

(a música aqui.)

1 de jun. de 2009

era só isso que eu queria da vida...

uma cerveja, uma ilusão atrevida que me dissesse uma verdade chinesa. com uma intenção de um beijo doce na boca.

a tarde cai, noite levanta a magia. quem sabe a gente vai se ver outro dia, quem sabe o sonho vai ficar na conversa, quem sabe até a vida pague essa promessa.

muita coisa a gente faz, seguindo o caminho que o mundo traçou.
seguindo a cartilha que alguém ensinou.
seguindo a receita da vida normal.

mas o que é vida afinal?

será que é fazer o que o mestre mandou?
é comer o pão que o diabo amassou?
perdendo da vida o que tem de melhor...