» uma ex-aluna (apenas apliquei um projeto com a turma dela, coisa de 10 aulas) trabalha no supermercado que eu frequento. ela ainda reluta em me cumprimentar. ás vezes quero deixá-la a vontade com os colegas e passo reto, fingindo que estou mexendo no celular ou falando algo pra minha filha. sempre me sinto esnobe quando faço isso.
» definitivamente, a luana é a pessoa mais ansiosa desse mundo quando o assunto é o bebê. 99% do tempo que passamos juntas e ela não está com o fone nos ouvidos assistindo carrossel, ela está me falando ou me perguntando sobre o bebê/gravidez. no início eu me irritava, mas agora tou usando outra tática: estou deixando ela inteiramente por dentro de tudo. e o que ela não entende, eu explico. ex: abro um iogurte e falo que iogurte é feito de leite e leite é bom poque fortalece os ossos e os ossos do bebê está sendo formados e se não forem bem formados [continua infinitamente]. até quando eu fui tomar vacina eu levei ela junto. e fiquei a fila inteira falando do porquê ser importante tomar vacina durante (ou antes) da gravidez e que não, o bebê não vai sentir dor.
só mais cinco meses.
» pela primeira vez na faculdade, comprei um caderno. dos 5 professores que tenho esse ano, conheço bem 3 deles e sei o quanto eles são exigentes. um outro eu nunca tive aula com, mas dizem que é bem "chatinho". outro é novo, entrou agora, ninguém sabe como-com quem-quando. OU SEJA, ou eu me mantenho organizada ou terceiro ano te vejo de novo em breve.
» ultimamente ando bem misantropa. eu, que sempre gostei de pessoas, de ouvir histórias, de tirar um sarro, de small-talk no ponto de ônibus. não ando com saco pra mais ninguém além dos amigos chegados, e ainda deles, o que espero é de um silêncio cúmplice sem muito a dar ou oferecer. sem falar sobre nada, sem responder as mesmas perguntas feitas a quilos sobre a gravidez, faculdade, como eu vou fazer com tudo - nem eu sei.
» voltei a jogar angry birds e, caraio eu sou muito boa nisso HAH
» estou cada vez mais convencida de que meus ~projetos~ de decoração num imóvel alugado nunca serão realizados por um único motivo: preguiça.
24 de fev. de 2013
20 de fev. de 2013
tudo em paz na base uterina.
ele cresceu pra valer. está pesando cerca de 150 g e mede 14 cm - é quase o dobro do tamanho registrado 15 dias atrás. o coração continua batendo em ritmo acelerado, cerca de duas vezes mais rápido do que o da mãe. a maior parte dos ossos do bebê estarão em processo de ossificação, estão deixando de ser uma cartilagem mole e se tornando ossos mais fortalecidos e duros.
é. lentamente os enjoos estão indo embora. isso não quer dizer que eu não saia correndo de repente pra vomitar. acontece, mas quase nunca (yay!).
no entanto, o superolfato continua e lanço uns comentários desnecessários sobre o "cheiro forte" da pomada cicatrizante que o moisa usa na tatuagem. ou sobre qualquer outro "cheiro forte", que pros outros é um cheiro normal. afinal a grávida aqui sou eu.
meu apetite está voltando ao que era antes. o que está me deixando triste, pois até agora estive radiante pelo fato de não ter engordado nada (lembrando que passamos pelo combo natal-reveillon-férias). e mais radiante ainda quando me perguntavam como era possível estar grávida e emagrecendo. entretanto, tenho a sensação de que reduziram meu estômago. tenho aquela fome descomunal e na metade do prato lindíssimo, colorido e com todos os itens da pirâmide dos alimentos, eu me sinto cheia. e SEI que se comer mais uma garfada além, irei passar mal. o jeito é largar mão, esperar umas três horas e comer de novo.
aquela velha dica e conhecida por todos (que ninguém segue) da alimentação saudável: comer pouco, várias vezes ao dia. pois bem, na gravidez ou é isso ou é indigestão, náuseas e vontade de morrer.
minha barriga está grande, mas é devido ao fato de eu não poder mais murchar hah então continua aquela coisa da barriga ser de gorda, e não de grávida (porém está bem durinha).
meus jeans ainda servem mas incomodam quando sento, por isso parei de usar. estou vivendo de leggings. imagina minha fineza no quesito ~vestimenta.
a oleosidade da pele e cabelo, tão intensa nos primeiros meses, me deram uma trégua. não sei se isso foi psicológico ou rola mesmo, só sei que minha pele tá ótima (como na gravidez da luana).
do resto, só muito soninho gostoso, "parabéns pelo bebê", pés pra cima todas as noites e a ansiedade para o próximo ultrassom.
:)
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18 de fev. de 2013
16 de fev. de 2013
da simpatia ao asco, em 3 minutos.
como já é costume na minha vida, deixei pra comprar os materiais escolares da luana na última hora. não era a única, visto que a papelaria estava cheia de pais com listinhas, irritado com os filhos, que queriam levar apenas aqueles cadernos de 30$.
deixei a luana escolher os cadernos primeiro, eu já tinha visto e sabia que ela iria querer: são do carrossel, atual obsessão. depois fomos ao balcão pra pegar as coisas não tão excitantes, tipo papel crepom e bastão de cola quente.
naquele vai-e-vem, "luana que acha desse lápis, pode ser?", "lulu, vamos levar esse livrinho?", a balconista - quem eu conhecia de vista, pois é essa papelaria que mais vou pra tirar os xerox da faculdade - me pergunta se aquela menininha de 9 anos é minha irmã.
wait, what? disse que não, é minha filha, e ganho aquele olhar de surpresa mas-tão-nova-e-uma-filha-já-moça que eu nem espero a pessoa dizer nada e já emendo "é, eu comecei cedo". risos, ela concorda. fim.
preciso dizer que é raro acharem que a luana é minha irmã. geralmente acham que é sobrinha, ou parente, até verem ela me chamar de mãe. e ainda assim, de vez em quando, rola o "nossa, é sua filha???"
a moça da papelaria arregalou ainda mais os olhos quando a luana lhe contou que eu estava grávida. sério, eu não tenho cara de tão novinha assim. pode ser que o moleton da universidade me ~rejuvenesça, mas não ao ponto de achar que eu nem cheguei aos 20 anos.
bom, enfim, já estava corada de orgulho da minha aparência ~jovial, e estava até disposta a comprar produtos um pouco mais caros e dar uma comissão legal pra essa vendedora tão simpática, tão atenciosa, tão... daí chegou a hora de escolher a cola.
sabe aquele momento em que tudo é magia, você fazendo as coisa sorrindo, em slow-motion, com uma trilha sonora escolhida a dedo, mesmo que você esteja numa papelaria comprando materiais escolares num dia de chuva. sabe, aquela coisa que só os filmes sabem fazer, e você linda, solta, saltitante, oh como a vida é linda. e então tudo acaba com uma fala, uma pessoa, num instante. tem até aquele efeitinho do disco de vinil sendo riscado pela agulha do toca-discos.
ela foi me mostrar marcas de colas escolares, e além das tradicionais, havia uma obscura. a mais barata. eu perguntei se a cola era boa, pelo menos. ela disse que não, que se fosse boa, não teria um índio estampado na embalagem. eu fiquei olhando pra ela, sem conseguir esboçar uma reação. e continou, foi-se o tempo que eles ficavam no meio do mato, quietinhos, sem mexer com a gente... agora tão aí.
ah, meu disquinho sendo riscado e novamente ouvindo o som da chuva.
eu não sou lá grande ativista da causa indígena, até porque não me envolvo, não conheço muito. mas também não é preciso conhecer muito pra se respeitar, pra entender o quanto a cultura deles é diferente da nossa. que as terras que eles querem não é pelo mesmo motivo que os sem-terra querem, nem pra fazer o que os fazendeiros fazem. eles querem terra pra manter viva suas crenças. as quais foram dizimadas por nós.
aqui na região (oeste do paraná), a situação tem estado muito tensa pois andou havendo invasões indígenas em propriedades rurais. a imprensa publica reportagens tão absurdas que eu só posso ler e cair na gargalhada.
eu gargalhava, até ouvir isso da balconistas. há pessoas que leem essas reportagens, baseiam suas opiniões nelas, conversam com os vizinhos enquanto tomam tereré na varanda. e um vai passando pro outro, até a coisa ficar fora do controle.
eu fui criada numa nova cultura de "integração", de valorizar e respeitar as diferenças, que preconceito racial é uma coisa feia e, hoje, crime. mas parece que isso não cabe quando o assunto é índio.
espero que o dia da consciência negra não vire apenas um motivo pras crianças pintarem desenhos de negros na escola.
assim como ocorre com o dia do índio hoje em dia.
deixei a luana escolher os cadernos primeiro, eu já tinha visto e sabia que ela iria querer: são do carrossel, atual obsessão. depois fomos ao balcão pra pegar as coisas não tão excitantes, tipo papel crepom e bastão de cola quente.
naquele vai-e-vem, "luana que acha desse lápis, pode ser?", "lulu, vamos levar esse livrinho?", a balconista - quem eu conhecia de vista, pois é essa papelaria que mais vou pra tirar os xerox da faculdade - me pergunta se aquela menininha de 9 anos é minha irmã.
wait, what? disse que não, é minha filha, e ganho aquele olhar de surpresa mas-tão-nova-e-uma-filha-já-moça que eu nem espero a pessoa dizer nada e já emendo "é, eu comecei cedo". risos, ela concorda. fim.
preciso dizer que é raro acharem que a luana é minha irmã. geralmente acham que é sobrinha, ou parente, até verem ela me chamar de mãe. e ainda assim, de vez em quando, rola o "nossa, é sua filha???"
a moça da papelaria arregalou ainda mais os olhos quando a luana lhe contou que eu estava grávida. sério, eu não tenho cara de tão novinha assim. pode ser que o moleton da universidade me ~rejuvenesça, mas não ao ponto de achar que eu nem cheguei aos 20 anos.
bom, enfim, já estava corada de orgulho da minha aparência ~jovial, e estava até disposta a comprar produtos um pouco mais caros e dar uma comissão legal pra essa vendedora tão simpática, tão atenciosa, tão... daí chegou a hora de escolher a cola.
sabe aquele momento em que tudo é magia, você fazendo as coisa sorrindo, em slow-motion, com uma trilha sonora escolhida a dedo, mesmo que você esteja numa papelaria comprando materiais escolares num dia de chuva. sabe, aquela coisa que só os filmes sabem fazer, e você linda, solta, saltitante, oh como a vida é linda. e então tudo acaba com uma fala, uma pessoa, num instante. tem até aquele efeitinho do disco de vinil sendo riscado pela agulha do toca-discos.
ela foi me mostrar marcas de colas escolares, e além das tradicionais, havia uma obscura. a mais barata. eu perguntei se a cola era boa, pelo menos. ela disse que não, que se fosse boa, não teria um índio estampado na embalagem. eu fiquei olhando pra ela, sem conseguir esboçar uma reação. e continou, foi-se o tempo que eles ficavam no meio do mato, quietinhos, sem mexer com a gente... agora tão aí.
ah, meu disquinho sendo riscado e novamente ouvindo o som da chuva.
eu não sou lá grande ativista da causa indígena, até porque não me envolvo, não conheço muito. mas também não é preciso conhecer muito pra se respeitar, pra entender o quanto a cultura deles é diferente da nossa. que as terras que eles querem não é pelo mesmo motivo que os sem-terra querem, nem pra fazer o que os fazendeiros fazem. eles querem terra pra manter viva suas crenças. as quais foram dizimadas por nós.
aqui na região (oeste do paraná), a situação tem estado muito tensa pois andou havendo invasões indígenas em propriedades rurais. a imprensa publica reportagens tão absurdas que eu só posso ler e cair na gargalhada.
eu gargalhava, até ouvir isso da balconistas. há pessoas que leem essas reportagens, baseiam suas opiniões nelas, conversam com os vizinhos enquanto tomam tereré na varanda. e um vai passando pro outro, até a coisa ficar fora do controle.
eu fui criada numa nova cultura de "integração", de valorizar e respeitar as diferenças, que preconceito racial é uma coisa feia e, hoje, crime. mas parece que isso não cabe quando o assunto é índio.
espero que o dia da consciência negra não vire apenas um motivo pras crianças pintarem desenhos de negros na escola.
assim como ocorre com o dia do índio hoje em dia.
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dear diary
da série: perguntas cretinas.
eu sei que as pessoas não as fazem por querer. ás vezes não pensam muito antes de perguntar e acaba saindo coisas assim.
mas, primeiro, eu tenho que falar sobre a nova tatuagem.
fui ousada, confesso. a primeira foi só pra saber como era sentir a agulha entrando e pintando a pele. o desenho foi num impulso de "own que fofo" e o plano era legal: alusão a uma piadinha interna familiar - foi desenhando pela irmã caçula e seria feito por nós três. a segunda foi outra por impulso de "own que fofo" e pequena, pelo orçamento apertado: aspas nos dois pulsos.
a terceira eu planejei melhor. estudei desenhos, detalhes e cores com a tatuadora. medi o tamanho ideal (hoje penso que poderia ser maior) e paguei em duas vezes.
grande. colorida. no peito.
não se engane, o sorriso é de dor e desespero hah
as pessoas se chocam, desviam o olhar enquanto conversam comigo, minha mãe ainda não se conforma.
e um dia estava eu, num restaurante revendo semi-conhecidos que me parabenizavam pela gravidez como se fôssemos melhores amigos. coincidentemente, vestia a regata que mais exibe o desenho.
de repente, a pergunta: "mas seu bebê não vai se assustar com a tatuagem?"
:s
mas, primeiro, eu tenho que falar sobre a nova tatuagem.
fui ousada, confesso. a primeira foi só pra saber como era sentir a agulha entrando e pintando a pele. o desenho foi num impulso de "own que fofo" e o plano era legal: alusão a uma piadinha interna familiar - foi desenhando pela irmã caçula e seria feito por nós três. a segunda foi outra por impulso de "own que fofo" e pequena, pelo orçamento apertado: aspas nos dois pulsos.
a terceira eu planejei melhor. estudei desenhos, detalhes e cores com a tatuadora. medi o tamanho ideal (hoje penso que poderia ser maior) e paguei em duas vezes.
grande. colorida. no peito.
não se engane, o sorriso é de dor e desespero hah
as pessoas se chocam, desviam o olhar enquanto conversam comigo, minha mãe ainda não se conforma.
e um dia estava eu, num restaurante revendo semi-conhecidos que me parabenizavam pela gravidez como se fôssemos melhores amigos. coincidentemente, vestia a regata que mais exibe o desenho.
de repente, a pergunta: "mas seu bebê não vai se assustar com a tatuagem?"
:s
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pics
7 de fev. de 2013
inutilidade.
uma vontade: mais um mês de férias
uma necessidade: dar um jeito nesse cabelo
uma verdade: a ficha de atividades pra ser entregue dia 14 será o recheio do meu carnaval
uma insanidade: tenho me preservado disso ultimamente heh
uma infelicidade: os planos feitos desde o ano passado indo pro ralo por conta de capricho de ~gentinha
uma novidade: os enjoos acabaram, praticamente :)
uma necessidade: dar um jeito nesse cabelo
uma verdade: a ficha de atividades pra ser entregue dia 14 será o recheio do meu carnaval
uma insanidade: tenho me preservado disso ultimamente heh
uma infelicidade: os planos feitos desde o ano passado indo pro ralo por conta de capricho de ~gentinha
uma novidade: os enjoos acabaram, praticamente :)
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