essa deveria ser a parte 45, se eu tivesse publicado meus outros desabafos.
mas vejam, na idade que todo mundo está todo pimpão na autoescola, treinando a emancipação que chega a galope, eu estava trocando fraldas e perdendo noites de sono.
quem me levava pra cima e pra baixo era a verona do moisa ou o sistema de transporte público de maringá. eu nunca me importei em andar de ônibus, até gosto na verdade.
e eu fui adiando, adiando, adiando. até pegar um medo inconsciente de dirigir.
as fases anteriores a que eu estou agora, são meio surreais. você
aprende tudo que já sabe por conta do bom senso e dos anos sentada no banco do carona. e também faz uns testes bizarros de risquinhos e memorização. mamão com açúcar. exceto a prova teórica né, que a gente caga de medo (eu cago). no dia anterior ao meu teste, eu fiquei até umas 2 da manhã fazendo simulado no site do detran achando que aquilo me salvaria de um fiasco. e salvou.
enfim, passando essa parte introdutória, vamos falar da amanda pegando no volante e passando marcha errado. mas antes, saibam que eu ligar um carro sem que ele exploda já é uma vitória.
eu sempre marco duas aulas por vez, daí posso passar uma hora e meia atrapalhando o trânsito da nossa pacata cidade. ando a 30 km/h, deixo o carro morrer no semáforo e quase invado a outra pista umas 67 vezes por aula. hoje foi um dia especialmente ruim. a instrutora havia elogiado que eu não deixava o carro morrer na subida, tinha pego fácil o
jeitinho de fazê-lo
tremer antes de soltar o freio, etc, etc. daí claro que foi tudo cagado e eu acho que só não causei um acidente porque ela escolheu as ruas mais calmas pra eu poder ser estabanada a vontade.
ela geralmente diz calmamente, quando o carro morre, que
é normal, volta pra primeira marcha e sai devagar. só que no final ela nem dizia mais nada e já quase estava carimbando minha ficha com
IMPOSSÍVEL ESSA JAPONESA TIREM ELA DAQUI. mas há um sadismo excepcional, porque ela me fez estacionar o carro. claro que eu falei umas 400 vezes "
mais pra frente? mas não vai bater?, e disse sorrindo docemente que na próxima aula eu vou treinar baliza. cêjura?
ninguém tem noção da frustração que eu sentia enquanto desacorrentava minha bicicleta e fazia um ar sereno de
é apenas a terceira aula.
capaz de eu ter enganado bem.