17 de set. de 2012

eu, o mais infiel.

isabel estava sentada na cama. esperando por mim. só de olhá-la tive uma ereção instantânea. eu continuava gostando dessa mulata. afinal de contas, que fidelidade posso exigir? o mais infiel dos mortais.
fechei a porta. tiramos a roupa devagar. então nos abraçamos e nos beijamos. bem apertados. meu coração acelerou e quase soltei uma lágrima. mas me contive. não posso chorar na frente desta desgraçada. penetrei bem devagar, acariciando-a, e ela já estava úmida e deliciosa. é como entrar no paraíso. mas também não disso isto. é melhor amá-la do meu jeito, em silêncio, sem que ela saiba.

(pedro juan gutiérrez)