» uma coisa que há anos tinha deixado de fazer parte da minha vida voltou a todo vapor nesses últimos meses: crianças que tocam campainha e saem correndo. eu nem sabia que elas ainda existiam. todos os dias, nos horários de saída dos colégios (sorte que não estou em casa ao meio-dia), minha campainha é tocada pelo menos umas 5 vezes (e olha que nem moro tão perto assim dos colégios). fora as peraltices durante o dia. a luana já se irritou ao ponto de chorar de raiva. há os que tocam com tanto ímpeto, que o botão do interfone fica preso e tenho que descer as escadas correndo pra destravar.
» recentemente procurei foruns e grupos de grávidas pra poder compartilhar e me jogar nesse mundo gravídico em que só a gente - que tá grávida - entende. tipo "nossa gente que azia", daí corre as grávida todas contar mil histórias sobre a azia delas, "nossa gente que fome", daí corre as grávida contar tudo que come e quantos quilos engordou. é até legal. mas não lembrei das partes chatas:
#1) a afobação - todo e qualquer exame que alguma faz, corre mostrar o resultado, fotos, etc. daí as afobada "meu deus porque minha médica não pediu esse?". ou toda e qualquer dorzinha já acham que é um aborto chegando. eu costumo comentar com um "se não tiver sangue, fica tranquila". a gente já sente dor sem motivo quando tá normal, imagina quando ta grávida?
#2) a afetação - no sentido de ostentação mesmo. estão todas que só falam no maldito chá de bebê/fralda e é um mundo que eu, realmente, me recuso a fazer parte. algumas assumem que o que gastam na festa do chá de bebê/fralda daria pra comprar tudo sozinha tranquilamente. daí eu fico no cantinho, pensando se realmente faz sentido tudo isso e pensando seriamente se fazer chá de bebê é uma boa ideia.
#3) a cafonice - por enquanto eu só presenciei na forma de lembrancinhas de maternidades. mas a época dos books estão chegando. yey.
» talvez eu seja mesmo uma grávida incomum.
» desde que entrei na faculdade, a disciplina que eu mais aguardei foi a de LIBRAS. esse ano comecei a ter as sonhadas aulas e não tem sido da forma que eu imaginei. posso ter idealizado demais, achando que poderia até criar períodos em pouco tempo, mas o que eu aprendi até agora foram palavras de cunho sexual. não que a professora só ensine isso (a gente pede, ela mostra), mas é uma variação daquela coisa de primeiro aprender palavrões em outra língua.
» de todos os problemas que achei que teria esse ano, um único me assombra: minha desorganização.
» ultimamente, toda vez que chego em casa, a luana me recebe com o costumeiro beijo e abraço. e a pergunta: "como tá o bebê? mexendo muito?". só amor.