6 de nov. de 2012

preciso de férias.

levanta 7hr pra terminar, no computador, o que deveria ter terminado dias atrás. termina às 10hr e fica 20 minutos procurando uma gráfica que não fica, exatamente, na avenida onde o rapaz do telefone disse que ficava. tinha uma estradinha de paralelepípedo, uns 50 metros adiante, etc. os planos de ir ao mercado depois de passar na gráfica vão embora. hora de ir pro restaurante.
pesa. anota. conversa. corre atrás dos outros. pesa. lava. limpa.
calma, fuma um cigarro.
agora sim, mercado. antes, carona pro amigo e passar no laboratório. marido doente. cancela, por hora, o mercado. vamos ao hospital. faz cadastro. espera o médico. impaciente.
calma, fuma um cigarro.
na farmácia, suor escorrendo nas costas e a máquina de cartão está com problemas. respira fundo.
agora sim, mercado! esquece a lista. anda. anda. anda. deixa o amigo em casa. vai pra casa. descarrega compras. guarda compras. marido doente sente fome. lanchinho leve. cozinha sopa leve pro jantar. "ainda tenho o texto do antônio pra resumir!"
senta no sofá. faz resumo em uma hora. respira fundo. toma banho. vai pra faculdade.
calma, fuma um cigarro.
corre atrás de documentos. de edital. de estatuto. marido com febre em casa. meu corpo lá, cabeça e coração aqui. especulações. "cadê fulano? preciso falar com ele!"
perde 90% de uma aula, mas chega a tempo pra chamada.
vai pra casa. fica até de madrugada fazendo cartazes.
dores nos pés.
toma banho. deita.
a luz do abajur quebra na minha mão.
foda-se.
eu esqueci de jantar. não tenho ânimo nem coragem de sair da cama agora.
é apenas segunda-feira.

- e eu ainda tenho que ouvir que eu não faço nada.